Criar menos expectativas?
Descubra como valorizar suas expectativas pode enriquecer sua vida, mesmo diante de frustrações e descompassos inevitáveis.
Maria Isadora Claudino da Costa
5/8/20241 min read


Criar menos expectativas?
Enquanto navegamos pelo feed do Instagram, ouvimos conversas na fila da padaria, trocamos ideias com amigos ou refletimos no consultório, frequentemente nos deparamos com afirmações como: “Preciso parar de criar expectativas”, “Se não houver expectativa, não haverá decepção” ou “Estou cansado de me decepcionar”. Procuramos por um manual que ensine passos mágicos para que tenhamos menos expectativas e, consequentemente, menos decepções. Esses pensamentos refletem uma visão comum: a expectativa como a vilã responsável pelas nossas maiores frustrações.
Mas será que viver sem expectativas realmente resolveria nossos problemas? Estaríamos livres das decepções?
A verdade é que a expectativa precisa ser valorizada. Sem expectativas, nem mesmo escovaríamos os dentes. Precisamos criar expectativas e fantasiar para desejar e viver plenamente.
E se tudo der errado? Enfrentar a frustração é doloroso, mas essa dor não nos define por completo. Evitar criar expectativas é uma tentativa de escapar da dor, mas isso não nos torna imunes à frustração. A castração, nesse sentido, nos ajuda a encontrar um ponto de sobrevivência, mesmo no caos, e, a partir dele, reconstruir o que for necessário. Não se trata de não esperar nada da vida ou de criar uma ilusão onde tudo é perfeito, mas de poder sonhar, enfrentar as decepções e, ainda assim, seguir em frente.
O medo de enfrentar a dor e a frustração muitas vezes nos impede de viver plenamente. É por medo de perder que mais se perde, e é por medo de sofrer que mais se sofre. No final das contas, não somos nós que criamos as expectativas; elas, na verdade, também nos moldam e nos avivam.
Portanto, que possamos criar! Gosto de pensar sobre isso com uma frase que vi recentemente da escritora Cristina Rioto, que diz: “Ensaiar os passos, mas lembrar que no descompasso também há dança”.
Em análise, podemos avivar nossa capacidade de criar e, principalmente, de elaborar os lutos daquilo que descompassa, para continuar a dançar.
Maria Isadora - Psicológa
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